Abstrair
A ressonância magnética (RM) é um método diagnóstico seguro de detecção e caracterização de várias condições patológicas de alta precisão. No entanto, devido ao aspecto muito fechado do aparelho, à alta amplitude sonora emitida e à necessidade de permanecer imóvel por um tempo significativo, alguns pacientes experimentam desconforto e altos níveis de ansiedade, comprometendo o tempo e o gerenciamento da qualidade da imagem que podem prejudicar o desfecho clínico do paciente ou até mesmo desistir da realização desse procedimento. Portanto, este estudo teve como objetivo validar, junto aos pacientes, o uso da Realidade Virtual (RV) como prática humanizada de exposição à ressonância magnética, para reduzir o desconforto frequentemente presente no procedimento. Para tanto, utilizou-se um método transversal de abordagem quanti-qualitativa, incorporando amostragem proposital e entrevistas semiestruturadas de natureza avaliativa com 303 pacientes de duas instituições de saúde localizadas no estado de Alagoas, Brasil, nas quais os pacientes estavam imersos em RV antes do exame. Como resultado, a exposição à RV levou 98,9% dos pacientes a se sentirem mais preparados e confiantes para realizar o exame. Não houve correlação significativa entre idade, contato prévio com tecnologia e sexo com a efetividade da intervenção. No entanto, houve correlação significativa entre a forma de abordagem, a qualidade das informações e o nível de sensação de relaxamento do paciente. Assim, esses resultados destacam o impacto positivo da RV na experiência do paciente na realização do exame de ressonância magnética e a variedade de públicos que podem usufruir dos benefícios que essa tecnologia proporciona.
Fonte: PXJ
